Métodos cirúrgicos

ESTERILIZAÇÃO MASCULINA: VASECTOMIA

A esterilização masculina realiza-se através de uma simples intervenção cirúrgica, denominada vasectomia, baseada no corte dos canais deferentes. Estes canais estão directamente ligados aos epidídimos e encarregam-se do transporte dos espermatozóides produzidos nos testículos até ao canal ejaculador, para que possam ser arrastados até ao interior da uretra e misturados com o líquido seminal ao longo da ejaculação. Após a operação, os espermatozóides deixam de pertencer ao sémen, não chegando a entrar em contacto com o óvulo feminino, o que acaba por impossibilitar a fecundação. Deve-se destacar que a intervenção não altera o desejo sexual, nem pressupõe qualquer alteração nas relações sexuais, já que os testículos continuam a produzir normalmente hormonas sexuais masculinas e espermatozóides, embora estes não passem para o sémen.EficáciaA eficácia da vasectomia é muito elevada, mas apesar de teoricamente rondar os 100%, o método não é infalível, porque existe a possibilidade, embora rara se a técnica for correctamente realizada, de se produzir uma fusão espontânea de algum canal deferente.

ESTERILIZAÇÃO FEMININA: LAQUEAÇÃO DAS TROMPAS

A esterilização feminina baseia-se na realização de uma intervenção cirúrgica em que se bloqueia a continuidade das trompas de Falópio, os canais onde se produz a união entre os óvulos libertados pelos ovários e os espermatozóides provenientes do exterior. A operação costuma ser denominada "laqueação das trompas", devido ao facto de se recorrer ao corte e laqueação destes canais, embora a obstrução, actualmente, seja efectuada mediante cauterização ou através da utilização de anéis e clipes. Deve-se referir que a operação não altera em nada o funcionamento dos ovários, nem do restante aparelho genital feminino, pois para além de não afectar as relações sexuais ou o desejo sexual, também não modifica o ciclo menstrual normal.Resultados e eficácia

A intervenção provoca uma imediata esterilidade permanente, tendo uma taxa de eficácia teórica de 100%, ainda que raramente se produzam insucessos devido a uma técnica cirúrgica deficiente ou devido a uma fusão espontânea de alguma trompa.